Serve esta pequena mensagem para assinalar o final deste trabalho.
O portefólio digital, construído ao longo de todo o semestre, reflete o
trabalho realizado ao longo deste e contém as súmulas e reflexões a propósito
dos textos de leitura obrigatória da unidade curricular de Seminário de Prática
Pedagógica, assim como outros considerados relevantes para os temas abordados
ou para o ensino em geral.
Afirma
Marcelo García (2013) que "não se deve pretender que a formação inicial
ofereça "produtos acabados", encarando-a antes como a primeira fase
de um longo e diferenciado processo de desenvolvimento profissional. Mira
(2003) afirma que o próprio conceito de desenvolvimento profissional implica
evolução e continuidade na formação dos professores, fazendo inclusivamente uma
breve descrição de quais devem ser as dimensões a desenvolver:
Estas
dimensões incluem: em primeiro lugar, desenvolvimento pedagógico
(aperfeiçoamento do ensino do professor através de atividades centradas em
determinadas áreas do currículo, ou em competências instrucionais ou de gestão
da classe). Em segundo lugar, conhecimento e compreensão de si mesmo, que
pretende conseguir que o professor tenha uma imagem equilibrada e de
autorrealização de si próprio. A terceira dimensão do desenvolvimento
profissional dos professores é o desenvolvimento cognitivo e refere-se à aquisição
de conhecimentos e aperfeiçoamento de estratégias de processamento de
informação por parte dos professores. A quarta dimensão é o desenvolvimento
teórico, baseado na reflexão do professor sobre a sua prática docente. As
últimas dimensões (...) são as de desenvolvimento profissional através da
investigação e o desenvolvimento da carreira mediante a adoção de novos papéis
docentes. (Mira, 2003, p.8)
Para
tentar responder a todas as exigências inerentes à sua profissão, o professor
deve refletir sobre as suas práticas e avaliar o seu desempenho profissional,
assim como sobre aspetos éticos e deontológicos inerentes à profissão,
espelhando essas reflexões no seu próprio projeto de formação; deve valorizar o
trabalho de equipa e a troca de experiências e saberes, que o ajudarão também a
refletir sobre as suas práticas e desempenho; deve encarar a sua profissão como
algo que requer aprendizagem ao longo da vida, desenvolvendo as suas
competências profissionais e sociais a todo o momento, participando ativamente
em projetos de investigação relacionados com o ensino e a aprendizagem. Ou, como diz Mário Sérgio Cortella:
Para
terminar, resta apenas acrescentar que esta formação permitiu ao aluno
contactar com mais algumas novas prespetivas sobre o ensino, em especial sobre
o ensino à distância, sobre o b-learning, sobre novos usos da tecnologia dentro
e fora da sala de aula, servindo não apenas como um curso de formação inicial
de professores, visto que lhe possibilita a docência num novo grupo de
recrutamento, mas também numa prespetiva de aprendizagem ao longo da vida, pois
já era profissionalizado noutros grupos de recrutamento, mas estes
conhecimentos serão também úteis na sua prática diária no exercício destes. Com o encerramento deste blog encerra-se mais uma etapa de formação deste aluno em particular, que não será, certamente, a última...
Assim me despeço,
Pedro Moreira
Bibliografia
Marcelo
García, C. (2013) Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto:
Porto Editora
Mira,
A.R. (2003). Primeira impressão tida do professor – Aspecto Não-verbal – e
Processo Pedagógico. Tese de Doutoramento. Universidade de Estremadura,
Cáceres/Badajoz, Espanha.