O vídeo pode ser aproveitado pelos
professores como ferramenta pedagógica, mas para isso é importante desconstruir
o estigma de que este é, normalmente, apenas utilizado para fins lúdicos. Por
recorrer predominantemente à imagem como forma de comunicação privilegiada,
acarreta uma série de virtudes e de defeitos: por um lado, ao aproximar-se da
linguagem dos alunos, é mais facilmente apreendido; por outro, não deixa espaço
para grandes abstrações.
Os vídeos a utilizar em contexto educativo podem ter duas origens: ou são já feitos com a intenção de instruir, como os documentários, ou são feitos com outras funções mas aproveitados pedagogicamente pelos professores, muitas vezes narrativas. Em qualquer um dos casos, os vídeos deverão estar associados a conteúdos do currículo e ser precedidos e acompanhados de atividades propostas pelo professor que complementarão o vídeo nos objetivos de aprendizagem propostos.
Os vídeos e tarefas a eles associadas poderão ter diferentes durações e graus de interatividade com os alunos. Mais que transmitir conhecimentos, o visionamento de vídeos pode funcionar como estratégia de motivação para os alunos. Já a realização de vídeos pode também ser uma importante estratégia de motivação e mesmo objeto de avaliação, casos em que o professor se assume também como realizador, como no vídeo seguinte, realizado a propósito do programa Educamédia, da Direção Regional de Educação da Região Autónoma da Madeira.
Os vídeos a utilizar em contexto educativo podem ter duas origens: ou são já feitos com a intenção de instruir, como os documentários, ou são feitos com outras funções mas aproveitados pedagogicamente pelos professores, muitas vezes narrativas. Em qualquer um dos casos, os vídeos deverão estar associados a conteúdos do currículo e ser precedidos e acompanhados de atividades propostas pelo professor que complementarão o vídeo nos objetivos de aprendizagem propostos.
Os vídeos e tarefas a eles associadas poderão ter diferentes durações e graus de interatividade com os alunos. Mais que transmitir conhecimentos, o visionamento de vídeos pode funcionar como estratégia de motivação para os alunos. Já a realização de vídeos pode também ser uma importante estratégia de motivação e mesmo objeto de avaliação, casos em que o professor se assume também como realizador, como no vídeo seguinte, realizado a propósito do programa Educamédia, da Direção Regional de Educação da Região Autónoma da Madeira.
O uso de vídeos, por si, não melhora a
qualidade das aprendizagens dos alunos. Os professores devem selecionar
criteriosamente os vídeos que utilizam e integrá-los na planificação das suas
aulas para que estes produzam o efeito desejado. Segundo Moreira e Nejmeddine
(2015),deverá haver três fases na para a visualização de um vídeo: a
pré-visualização, em que o professor visualiza o vídeo e avalia o seu grau de
adequação ao currículo e elabora uma grelha de observação do mesmo e na qual
estarão previstos os eventuais momentos de pausa onde se poderão testar a
observação e compreensão do vídeo; na segunda fase, já durante a visualização,
os alunos utilizarão a grelha para manterem uma visualização ativa, na qual
sejam guiados até às aprendizagens pretendidas, fazendo as pausas planeadas na
fase anterior, se as houver; finalmente, após a visualização, deve haver um
espaço para debate e troca de ideias, onde se sintetizarão as aprendizagens
realizadas e se dará o mote para mais algum eventual trabalho. O uso de vídeos sem critério, como nos exemplos da imagem seguinte (em português do Brasil), em nada contribui para as aprendizagens dos alunos.
Também é possível realizar a desconstrução de
um vídeo num ambiente online, seja em regime de e-learning ou b-learning (Moreira
& Nejmeddine, 2015a). Numa primeira fase, de preparação ou planificação.
Esta primeira fase é em tudo semelhante à descrita anteriormente: o professor
visualiza o vídeo e avalia o seu grau de adequação ao currículo e elabora uma
grelha de observação do mesmo, grelha que deverá ser disponibilizada aos
estudantes antes da própria visualização. A segunda fase, visualização, leitura
e análise do recurso de aprendizagem, corresponde à visualização do recurso com
auxílio da grelha elaborada anteriormente. A terceira etapa é a de
desconstrução do recurso, debate e reflexão, e é aqui que os alunos irão
decompor o vídeo em unidades de análise mais curtas e onde trocarão as suas
impressões, transformando a informação a que acederam em conhecimento. Por
último, a fase de conclusão e verificação consiste numa síntese final da
atividade, normalmente um trabalho que integre todas as aprendizagens
realizadas e que sirva também de elemento de avaliação para o professor.
Bibliografia
Moreira, J. A. & Nejmeddine, F. (2015). A
Pedagogical model to deconstruct vídeos in virtual learning environments. In American Journal of Educational Research,
3, (7), 881-885.
Moreira, J. A., & Nejmeddine, F. (2015a).
O Vídeo como Dispositivo Pedagógico e
Possibilidades de Utilização Didática em Ambientes de Aprendizagem Flexíveis.
Santo Tirso: Wh!teBooks.
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