sábado, 14 de maio de 2016

Comentário ao texto 8 do tema 2 - Introdução à análise da imagem.

Martine (1994), a propósito das imagens, refere que são representações da realidade, mais concretamente de um determinado momento de uma determinada realidade, no caso das imagens fixas, como as fotografias. Uma imagem pode ser um signo, significar algo para além dela própria, normalmente fácil de interpretar dentro de cada cultura. “um signo mantém uma relação solidária entre pelo menos três pólos: a face perceptível do signo – representamen ou significante; aquilo que representa: objeto ou referente; e aquilo que significa: interpretante ou significado” (Martine, 1994, p. 36)



Martine (1994, p. 62), citando Jakobson (1963), apresenta o seguinte esquema de base que constitui qualquer tipo de comunicação, incluindo a visual:



“Toda a mensagem requer primeiramente um contexto, também designado como referente, para o qual ela remete; requer seguidamente um código pelo menos parcialmente comum ao destinador e ao destinatário; é também necessário um contato, canal físico entre os protagonistas que permite estabelecer e manter a comunicação” (Martine, 1994, p. 62).
As funções da linguagem serão, de acordo com Jakobson (1963), referido por Martine (1994, pp. 63-64):



Estas funções, no entanto, não são estanques. Muito dificilmente uma mensagem conseguirá cingir-se a apenas uma função em exclusivo, contendo quase sempre duas ou mais funções. A função denotativa “concentra o conteúdo da mensagem naquilo sobre o qual falamos”, apesar de, como se referiu, ser quase impossível uma mensagem ser completamente denotativa; a função expressiva ou emotiva, como o nome indica, expressa sentimentos; a função conativa, por seu lado, tenta implicar o destinatário da mensagem por meio de interrogações e do modo imperativo, muitas vezes usada na publicidade; a função fática, resumidamente, serve para manter a comunicação, preenchendo vazios e silêncios com comunicação aparentemente desprovida de significado. Por último, “a função metalinguística tem por objeto o exame do código empregue, enquanto que a função poética trabalha sobre a própria mensagem ao manipular o seu lado palpável e percetível, como as sonoridades ou o ritmo no caso da língua” (Martine, 1994, p. 64). O seguinte vídeo, em português do Brasil, aborda este assunto e clarifica os conceitos acima descritos.



Bibliografia


Martine, J. (1994). Introdução à análise da imagem. Lisboa: Ed. 70.

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